O Bad Homburg Open ganhou ares de drama nas mãos de Beatriz Haddad Maia. A tenista número 14 do mundo e melhor do Brasil não apenas avançou para as quartas de final do torneio alemão, mas fez isso mostrando uma força mental respeitável. Numa partida que parecia ter saído do roteiro das grandes emoções do tênis, Bia perdeu o primeiro set por 6-3 para Elina Svitolina, ucraniana ex-número 3 do mundo e dona de um histórico de peso nos torneios de elite.
Na sequência, a paulista virou o placar, vencendo o segundo set por 6-4 e levando o jogo para o tie-break decisivo. O terceiro set foi um verdadeiro teste de nervos. Bia Haddad chegou a salvar match points e manteve sua agressividade mesmo sob pressão, fechando o tie-break em 9-7. Essa vitória confirmou, mais uma vez, que a brasileira está cada vez mais confortável nas quadras de grama, terreno pouco tradicional para o tênis nacional.
Antes mesmo do duelo contra Svitolina, Bia Haddad já vinha embalada por boas exibições. Vinha de triunfos importantes contra rivais como a bicampeã de Wimbledon, Petra Kvitová, e a própria Svitolina em outro torneio, o que reforçava a consistência de seus resultados recentes. O grande destaque, no entanto, foi sua postura mental: ao todo, ela conquistou três vitórias no circuito de grama em suas últimas competições, algo raro para brasileiras no circuito profissional.
Nas quartas de final, o desafio aumentou: enfrentou Jasmine Paolini, atual número 4 do mundo e um dos nomes mais regulares da temporada. Apesar da garra, Bia acabou superada em dois sets equilibradíssimos, ambos fechados em 7-5. Não faltou luta: ela conseguiu quebrar o serviço da italiana em ambos os sets, mas não sustentou a vantagem nas horas decisivas. Ainda assim, sua campanha deixa marcas de evolução técnica e muito respeito entre as principais adversárias da elite mundial.
A torcida agora já imagina até onde o tênis de Bia pode chegar nesta temporada. Seja no saibro, na grama ou até mesmo nas quadras duras, ela mostra que persistência e vontade podem, sim, fazer a diferença diante de gigantes do esporte.