Notícias Diárias Brasil

Chaves e Chapolin voltam à TV brasileira: Globoplay libera 176 episódios e Multishow retoma exibição

Chaves e Chapolin voltam à TV brasileira: Globoplay libera 176 episódios e Multishow retoma exibição

Cinco anos depois de saírem do ar no Brasil, dois dos maiores fenômenos da TV latino-americana voltaram com força total. Chaves e Chapolin estrearam no Globoplay, ganharam faixa fixa no Multishow e, fora do país, chegaram ao Prime Video em grande escala. Para quem cresceu ouvindo “não contavam com a minha astúcia” e “foi sem querer querendo”, é uma volta que fecha um ciclo de saudade, direitos liberados e catálogo organizado.

Como e onde assistir

O Globoplay estreou as duas séries em 21 de julho de 2025, com 176 episódios no total — 88 de cada. O pacote oferece áudio original em espanhol com legendas em português e também versões dubladas. A plataforma está lançando os capítulos na ordem que o público conhece, respeitando a memória afetiva criada ao longo de décadas.

Em setembro, o Globoplay adicionou uma nova leva com clássicos que marcaram época. Entre os destaques de Chaves estão Vamos Todos a Acapulco, A Casa da Bruxa e O Festival da Boa Vizinhança. No Chapolin, entram Ser Pequeno Tem Suas Vantagens, O Abominável Homem das Neves e Sai de Baixo Que Lá Vem Pedra. É um recorte pensado para quem quer maratonar os episódios mais lembrados e, ao mesmo tempo, descobrir relíquias menos reprisadas.

No Multishow, a volta aconteceu em 4 de agosto de 2025, de segunda a sexta, às 10h30. O canal já havia sido a casa das séries desde 2018, quando montou maratonas e faixas temáticas que reacenderam o interesse do público. A presença na grade linear complementa o streaming: quem quer rever um episódio específico corre para o app; quem prefere esbarrar “por acaso” liga a TV e encontra os personagens no horário fixo.

Fora do Brasil, a distribuição ganhou um reforço robusto em junho de 2025, quando o Prime Video anunciou um acordo com a TelevisaUnivision para quase toda a América Latina, com exceção do México. O pacote prevê acesso a todas as temporadas e soma mais de 500 episódios no catálogo. A ausência mexicana faz sentido: lá, a TelevisaUnivision opera o ViX, seu próprio streaming, e tende a concentrar os títulos mais populares em casa.

  • Globoplay (Brasil): 176 episódios; dublado e legendado; lançamentos em ondas, incluindo clássicos.
  • Multishow (Brasil): exibição de segunda a sexta, às 10h30.
  • Prime Video (América Latina, exceto México): mais de 500 episódios.
  • Classificação indicativa: livre; ideal para rever em família.
O que destravou a volta e por que isso importa

O que destravou a volta e por que isso importa

As séries foram retiradas do ar em 2020 por um impasse contratual entre a Televisa (detentora original) e os herdeiros de Roberto Gómez Bolaños. O bloqueio foi global e pegou em cheio o Brasil, onde a franquia virou sinônimo de audiência por décadas. A regularização de licenças em 2025 abriu caminho para uma volta coordenada: catálogo organizado no streaming, janela linear na TV por assinatura e expansão para outros países.

Esse arranjo não é trivial. Os catálogos de Chaves e Chapolin têm episódios em diferentes versões, remontagens e datas de exibição. Organizar quais títulos entram primeiro, em que ordem e com quais faixas de áudio exige trabalho de restauração, checagem de metadados e validação jurídica. É por isso que o Globoplay começou com 176 episódios e continua acrescentando blocos, enquanto o acordo internacional do Prime Video soma mais de 500: são pacotes e territorialidades diferentes.

A escolha de lançar os capítulos na “ordem que o fã conhece” não é detalhe. Quem viu as séries na infância lembra de ganchos, trilhas e bordões específicos em cada esquete. Esse mapa emocional é parte do sucesso e explica a força dos episódios citados como cartões de visita nesta volta. Ao respeitar essa lógica, as plataformas diminuem atritos e aumentam o engajamento, especialmente com quem sabe falas de cor.

A presença no Multishow reforça a rotina de consumo. TV linear dá previsibilidade e mantém o hábito diário, algo que fez a diferença quando o canal assumiu as reprises em 2018. Já o streaming atende ao público que quer escolher episódio, pular para um arco específico ou alternar entre dublado e original — um recurso valioso para quem gosta de comparar interpretações e bordões.

Também pesa a dimensão cultural. Chaves e Chapolin atravessam gerações porque brincam com situações simples — vizinhança, amizade, pequenas confusões — com timing cômico e personagens que a gente reconhece na vida real. O humor físico, as mal-entendidos e as respostas rápidas funcionam para crianças e adultos, hoje com um bônus: pais e mães apresentam os episódios que amavam para os filhos, e o ciclo recomeça.

Para quem acompanha de perto, a volta em 2025 fecha uma fase turbulenta e inaugura outra, mais previsível. Os direitos voltaram a circular, as plataformas se organizaram e os fãs ganharam mais controle sobre como assistir. Se você quer uma entrada rápida, comece pelos episódios de Acapulco (Chaves) e Ser Pequeno Tem Suas Vantagens (Chapolin). Depois, é só seguir a ordem sugerida e deixar a memória fazer o resto.

16 Comentários

  • Image placeholder

    Camila Mac

    setembro 8, 2025 AT 20:05
    Isso tudo é uma armadilha da Televisa pra controlar o que a gente lembra. Eles escolheram só os episódios que mostram o Chaves como vítima, pra gente esquecer que ele era um ladrão de laranjas e um destruidor de casas. Tudo planejado. Eles querem nos tornar dependentes dessa versão limpa da realidade.
  • Image placeholder

    Andrea Markie

    setembro 9, 2025 AT 10:46
    Eu chorei. Sério. Quando ouvi o som da porta da casa do Chaves abrindo... foi como se o tempo tivesse voltado. A voz do professor, o riso do Quico, o barulho do cachorro... tudo tão real, tão dolorosamente lindo. Minha mãe me deixava ver isso na TV antiga, com o som baixinho pra não acordar meu pai. Agora, eu passo pra minha filha. E ela já sabe dizer "não contavam com a minha astúcia". O mundo pode cair, mas isso aqui? Isso é eterno.
  • Image placeholder

    Eliberio Marcio Da Silva

    setembro 11, 2025 AT 00:20
    Se você nunca viu Chaves com os pais, você não sabe o que é família. Eu lembro de ficar na sala com meu pai, os dois rindo como malucos, e ele me explicando que o Chaves era só um menino tentando sobreviver. Hoje, minha filha de 6 anos pede pra ver "o menino que vive na casa do senhor Barriga". E eu deixo. Porque esse humor não é só engraçado - é humano. E isso é raro. A gente tá perdendo isso, e agora, de novo, temos chance de não deixar passar.
  • Image placeholder

    Roberto Hauy

    setembro 12, 2025 AT 23:42
    vocês nçao notaram q o prime video ta colocando os episodios errados? tipo, o episodio "a casa da bruxa" ta como o 50, mas na verdade era o 12! e o "sai de baixo que la vem pedra" ta com a dublagem antiga, mas o audio original ta errado! acho q a televisa ta botando versão pirata pra confundir a gente! eu ja pedi pra eles arrumarem, mas ninguem responde...
  • Image placeholder

    Rodrigo Donizete

    setembro 13, 2025 AT 04:38
    Eles estão usando o Chaves como isca pra vender assinaturas. Você acha que é nostalgia? Não. É marketing digital com base em trauma infantil. E o Multishow? Só tá passando de manhã pra gente não ver na hora do almoço, quando poderíamos estar assistindo algo "mais cultural". Eles querem que a gente fique viciado, mas só no suficiente pra pagar. Eles sabem que a gente não consegue viver sem isso. Eles contam com isso.
  • Image placeholder

    Lucas Nogueira

    setembro 14, 2025 AT 21:58
    mano, eu tava no supermercado ontem e ouvi uma criança gritando "não contavam com a minha astúcia"... e a mãe riu. e aí eu fiquei tipo... isso aqui é magia. isso aqui é o que a gente tá perdendo no mundo real. o chaves não é só desenho, é o jeito que a gente aprendeu a lidar com as coisas. o chapolin é o que a gente queria ser quando crescesse: corajoso, maluco, mas no fundo, só querendo ser útil. gente, isso é terapia. agradece, pô.
  • Image placeholder

    leonardo almeida

    setembro 15, 2025 AT 06:27
    Essa volta é uma fraude. A Televisa nunca quis liberar os direitos. Eles só fizeram isso porque o TikTok começou a viralizar os episódios e eles viram dinheiro. Agora querem lucrar com a saudade da gente. Eles não se importam com a arte. Só com o lucro. E vocês estão caindo nessa. A nostalgia não é um produto. É uma memória. E eles estão roubando ela.
  • Image placeholder

    Maycon Mansur

    setembro 17, 2025 AT 05:48
    Chaves na TV linear? Que absurdo. Quem quer assistir na TV? O streaming é o futuro. Eles estão fazendo isso só pra manter o Multishow vivo. O público já morreu. Só os que têm 40+ ainda ligam. Eles estão fingindo que isso importa. É um espetáculo de desespero.
  • Image placeholder

    Maycon Ronaldo

    setembro 18, 2025 AT 00:13
    vou te contar uma coisa: eu assisto Chaves todo domingo de manhã com meu filho de 8 anos. Ele não sabe o que é "dublagem antiga" nem "versão original". Ele só sabe que o Chaves é o cara que vive na casa do senhor Barriga e que sempre cai no poço. E ele ri. E eu também. E aí a gente pega um pão com manteiga e assiste mais um. O que importa é isso. O resto é detalhe. O Prime Video tem 500 episódios? Legal. Mas o que eu quero é o mesmo que eu queria quando tinha 7 anos: um bom episódio, um bom riso, e um pouco de calma. Isso aqui não é streaming. É um abraço.
  • Image placeholder

    Gih Maciel

    setembro 18, 2025 AT 20:45
    o importante é que voltou. não importa se é dublado ou legendado. se ta no globo play ou no multishow. o que importa é que a gente pode ver de novo. sem drama. sem teoria da conspiração. só o chaves e o chapolin. e isso já é demais.
  • Image placeholder

    Luma Eduarda

    setembro 20, 2025 AT 20:19
    Essa é a maior ofensa cultural da década. Um ícone latino-americano sendo reduzido a um produto de streaming, com legendas em português, como se fosse um conteúdo estrangeiro. Isso não é nostalgia. É colonização cultural. Eles tiraram o espanhol original e nos deram uma versão domesticada, pasteurizada, para o consumo da classe média brasileira. Isso é um assassinato da identidade. E vocês estão aplaudindo.
  • Image placeholder

    Carols Bastos

    setembro 21, 2025 AT 00:25
    Sei que tem gente que acha que isso é só entretenimento, mas pra mim, Chaves foi a primeira vez que entendi que ser diferente não é errado. Que o pobre pode ser inteligente. Que o maluco pode ser o mais sábio. E que às vezes, o melhor jeito de lidar com a vida é rindo. Se vocês estão assistindo agora, talvez seja porque precisam disso. Não tem vergonha. Não tem idade. Só tem coragem de se lembrar do que te fez bem. E isso? Isso é lindo.
  • Image placeholder

    Helbert Rocha Andrade

    setembro 22, 2025 AT 00:58
    Comece pelo episódio da casa da bruxa. É o melhor. Simples, direto, engraçado. Depois o da bola. Depois o do festival. Depois você vai vendo. Não precisa maratonar. Só vá devagar. Aproveite.
  • Image placeholder

    Leandro Bordoni

    setembro 22, 2025 AT 11:38
    Eu queria saber: vocês acham que o Chapolin é mais importante que o Chaves? Porque o Chaves é sobre sobrevivência, e o Chapolin é sobre identidade. Um é o pobre que tenta se manter, o outro é o herói que tenta ser reconhecido. Será que isso reflete algo na nossa sociedade?
  • Image placeholder

    Edson Hoppe

    setembro 22, 2025 AT 19:29
    Agora eles vão fazer filme da Globo com atores reais. E vão botar o Chaves usando celular. E o senhor Barriga vai ser empresário de NFT. E o Quico vai ser influencer. E o professor vai dar aula de TikTok. E vão dizer que é "reinvenção". Mas é só morte disfarçada.
  • Image placeholder

    Eliberio Marcio Da Silva

    setembro 24, 2025 AT 17:04
    Se alguém quiser, posso fazer uma lista dos 10 episódios que mais me fizeram sentir menos sozinho na vida. Não é sobre humor. É sobre acolhimento. Me chama no DM.

Escreva um comentário