O embate entre Peru e Chile pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 trouxe emoções para os torcedores que compareceram ao Estádio Monumental, em Lima, no dia 15 de novembro de 2024. O jogo, que terminou em um empate sem gols, foi disputado com intensidade desde o apito inicial, mantendo os espectadores na expectativa de um desfecho surpreendente.
Os primeiros 15 minutos do confronto foram os mais agitados, com ambas as seleções buscando o gol a todo custo. O Peru, jogando em casa, tentou impor seu ritmo e criar chances através do capitão Paolo Guerrero, que teve duas oportunidades claras de marcar. A chance mais evidente veio aos 42 minutos, quando Guerrero, em excelente posição, não conseguiu converter a jogada em gol, para alívio do goleiro chileno Brayan Cortes.
Do lado chileno, os ataques não ficaram atrás. Arturo Vidal e Alexander Aravena levaram perigo à meta peruana, mas o goleiro Carlos Caceda mostrou-se à altura do desafio, executando defesas espetaculares que evitaram a abertura do placar. A segurança de Cortes e Caceda foi determinante para que o primeiro tempo terminasse sem alterações no marcador.
Ao retornar do intervalo, a estratégia das equipes não mudou. Ambas mantiveram um esquema ofensivo, mas a dificuldade em finalizar as jogadas persistiu. O técnico do Peru, Jorge Fossati, buscou uma alternativa ao colocar Gianluca Lapadula em campo, na esperança de que o atacante do Cagliari pudesse oferecer uma nova dinâmica ao time. No entanto, Lapadula não conseguiu se integrar totalmente à partida e encontrou-se muitas vezes isolado entre os defensores chilenos.
À medida que os minutos finais se aproximavam, a tensão aumentava. O Chile, apesar de parecer satisfeito com o empate em certos momentos, continuou tentando explorar contra-ataques rápidos, mas a falta de precisão no último passe ou finalização comprometeu suas chances de vitória. No entanto, foi o Peru quem esteve a um passo de conquistar a vitória nos acréscimos.
Aos 97 minutos, a torcida peruana teve um instante de euforia quando o árbitro Wilton Sampaio assinalou um pênalti para a equipe da casa. A decisão foi recebida com entusiasmo, mas logo transformou-se em desilusão quando a jogada foi revisada e anulada por posição de impedimento na origem do lance.
O apito final confirmou um empate que, embora dramático, não trouxe grandes impactos positivos nas respectivas campanhas das seleções nas eliminatórias. Para o Chile, que interrompeu uma sequência de quatro derrotas consecutivas, o ponto conquistado não foi suficiente para tirá-los da última posição na tabela.
O Peru, por outro lado, demonstrou sinais de melhora, com um registro recente de uma vitória, dois empates e duas derrotas. Contudo, a sensação de insuficiência permanece, não só pelo resultado, mas pela consciência de que precisam encontrar soluções para os desafios ofensivos que enfrentam.
À medida que a contagem regressiva para a Copa do Mundo de 2026 avança, torcedores peruanos e chilenos já começam a especular sobre as próximas etapas. A consistência no desempenho em campo será essencial, assim como a capacidade de concretizar as chances criadas, para que ambos possam ter aspirações legítimas ao torneio de 2030. Até lá, lições difíceis e ajustes precisos serão inevitáveis para que o sonho de conquistar um lugar no maior palco de futebol do mundo se torne uma realidade palpável.