Assédio pode aparecer no trabalho, na escola, nas redes ou em qualquer lugar. Não tem que ser algo grandioso; pode ser um comentário inconveniente, um toque exagerado ou uma pressão constante. O importante é perceber quando algo ultrapassa o limite do respeito e começa a incomodar ou a causar medo. Quando isso acontece, a gente tem que agir – e não ficar sozinho.
Existem várias formas: sexual, moral, psicológico e até virtual. No assédio sexual, a pessoa usa a atração como arma, quer que você faça algo que não quer. No moral, são críticas humilhantes ou boatos que destroem a reputação. O psicológico inclui chantagens e manipulações. Já o virtual, como mensagens invasivas, pode ser tão pesado quanto os outros. Fique atento a sinais como sentir ansiedade ao encontrar alguém, evitar situações ou perceber que seu humor mudou depois de um contato.
No Brasil, a Lei 13.718/2018 trata do assédio sexual e a CLT protege contra assédio moral no trabalho. Se você está numa empresa, procure o RH ou o dirigente responsável pela integridade. Na escola, converse com coordenadores ou a ouvidoria. Se for na rua ou em ambiente público, registre boletim de ocorrência na polícia. Guardar provas – mensagens, e‑mails, gravações (quando permitido) – facilita a denúncia.
Mas o que fazer antes de levar tudo ao formal? Primeiro, tente conversar com a pessoa, se sentir segurança para isso. Explique como o comportamento afeta você e peça que pare. Se o contato for mais agressivo ou você tem medo de retaliação, pule essa etapa e vá direto ao suporte.
Existem serviços de apoio que escutam sem julgamento. O Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) funciona 24h e pode orientar sobre medidas legais e psicológicas. Organizações como a ONG Amiga também oferecem acompanhamento. Não hesite em buscar ajuda psicológica; conversar com um terapeuta ajuda a entender seus sentimentos e a criar estratégias de enfrentamento.
Se o assédio aconteceu online, denuncie à plataforma (Facebook, Instagram, etc.) usando as ferramentas de reporte. Também pode acionar a polícia cibernética, que tem unidades especiais para crimes digitais. Não delete mensagens antes de registrar a denúncia; elas são importantes para provar o caso.
Lembre‑se de que ninguém tem o direito de fazer você se sentir menor ou vulnerável. O primeiro passo é reconhecer que algo está errado. Depois, procure quem pode te apoiar e use os canais oficiais para proteger seus direitos. Cada denúncia ajuda a criar um ambiente mais seguro para todos.
Compartilhar sua experiência – de forma que você se sinta confortável – pode inspirar outras pessoas a falarem também. Juntos, conseguimos mudar a cultura do silêncio e deixar o assédio sem espaço nos nossos dias.
Anielle acusou Silvio Almeida de assédio, relatando comportamentos desrespeitosos que começaram com comentários inadequados e evoluíram para situações mais graves. Destacando um padrão de conduta inadequada, Anielle traz à luz a importância de combater o desrespeito contra as mulheres e promover um ambiente seguro e justo.