Se você curte country ou cinema, provavelmente já cruzou o nome de Kris Kristofferson. Ele não é só um cantor de sucesso, mas também um ator premiado e um dos maiores letristas da história. Vamos entender por que ele ainda faz tanto barulho?
Kris nasceu em 1936, no Texas, numa família de militares. Desde pequeno, ele ouviu folk, blues e o toque dos violões nos bares da região. Quando entrou na força aérea, ainda escrevia poemas e cantava nas camas de hospital. Foi aí que percebeu que a música seria seu caminho.
Depois da milícia, Kristofferson estudou na Harvard e virou escritor de jingles para comerciais. Mas o grande salto veio em 1970 com "Me and Bobby McGee", gravada por Janis Joplin. O fato de a música ganhar Grammy pós-morte impulsionou sua carreira e virou clássico para sempre.
Outros hits como "Sunday Mornin' Comin' Down", "Help Me Make It Through the Night" e "For the Good Times" também entraram no hall dos maiores sucessos do country. O segredo? Letras honestas, cheias de histórias de estrada, amor e dor, e uma voz rouca que parece conversar direto com o ouvinte.
Além de cantar, Kris escreveu para outros artistas. Ele co-criou "Loving Her Was Easy" para Emmylou Harris e "The Pilgrim – Chapter 33" para Willie Nelson. Essa parceria com lendas do gênero consolidou seu status de letrista indispensável.
No cinema, ele ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante em 2005 por "A Hora Mais Escura" (The Last Samurai). Também estrelou filmes como "Pat Garrett & Billy the Kid" (direção de Sam Peckinpah) e "The Postman" de Kevin Costner. A mistura de músico e ator faz de Kristofferson um personagem único.
Se tem de se falar da sua personalidade, é a humildade. Mesmo com tantos prêmios, ele sempre manteve os pés no chão e continua tocando em pequenos clubes, sempre pronto a dividir histórias de bastidores com quem quiser ouvir.
Curiosidade: Kris tem uma fazenda no Texas onde cria gado e produção de mel. Ele costuma dizer que esse estilo de vida ao ar livre alimenta sua criatividade - nada como o cheiro do campo para compor uma boa balada.
Hoje, com mais de 50 álbuns no currículo, ele ainda se apresenta em turnês internacionais, muitas vezes acompanhado por sua esposa, a cantora Rita Coolidge. O casal tem um repertório que mistura clássicos e novas composições, sempre com o toque autêntico de Kristofferson.
Se você quer conhecer melhor o artista, vale conferir as coletâneas “The Essential Kris Kristofferson” e o documentário “Kris Kristofferson: Straight to the Heart”. Ambos trazem entrevistas, gravações ao vivo e detalhes da vida que raramente aparecem nos jornais.
Para quem tem interesse em tocar suas músicas, as cifras são bem simples: acordes básicos de G, C, D e Em aparecem em quase tudo. Basta pegar um violão, colocar a melodia e sentir a energia que essa música carrega.
Em resumo, Kris Kristofferson é muito mais que um nome de álbum. Ele representa uma era em que a música e o cinema se entrelaçavam, contando histórias verdadeiras de vida. Se ainda não ouviu suas canções, dê o play agora e descubra o que faz desse artista um ícone eterno.
Kris Kristofferson, renomado cantor, compositor e ator, faleceu aos 88 anos. Sua carreira deixou marcas profundas tanto na música quanto no cinema, tornando-se um ícone em ambas as indústrias. Sua voz única e seu estilo inconfundível garantiram-lhe um lugar entre as lendas da música americana. No cinema, seus papéis memoráveis consolidaram sua fama em Hollywood. Fans e artistas lamentam a perda dessa verdadeira lenda.