O surf está cada vez mais com cara de mulher. Nos últimos anos, mais meninas e mulheres têm pegado a prancha e disputado campeonatos ao redor do mundo. Se você acompanha o assunto ou quer entrar na onda, aqui vai o que há de mais importante sobre o surf feminino hoje.
No cenário internacional, a World Surf League (WSL) tem duas categorias femininas: a Championship Tour (CT) e a Challenger Series. Nomes como Carissa Moore, Stephanie Gilmore e Gabriela “Gabi” Mendes são referência. Elas mostram que técnica, força e estilo são complementares.
No Brasil, a história também é forte. Filipe Toledo ainda é destaque masculino, mas nas mulheres a onda veio com nomes como Tatiana Weston, Joana Souza e a jovem alvinegra Mariana Lemos. Elas vêm de projetos de surf de base, escolas de praia e de programas de inclusão social. Os resultados recentes nas etapas da Oi Beach Pro e do Festival da Praia provam que a competitividade feminina só cresce.
Os Jogos Olímpicos de 2024, realizados em Tóquio, abriram ainda mais as portas. A medalha de prata de Bianca Buitrago (Colômbia) e a bronze da australiana Sally Fitzgibbons mostraram que o surf feminino tem público e patrocínio em alta. Agora, a expectativa está nos próximos jogos de 2028, com mais vagas e maior visibilidade.
Se a sua ideia é pegar a primeira onda, comece com a prancha certa. Opte por um modelo mais largo e mais estável, como as pranchas “funboard” ou “mini‑malibu”. Elas dão mais flotabilidade e facilitam o equilíbrio. Não precisa de equipamento caro; o importante é sentir segurança.
Treine o “pop‑up” em terra firme. Deite de barriga para baixo, coloque as mãos ao lado do peito e, num único movimento, salte para a postura de surf. Faça isso 20 vezes por dia, até que vire hábito. Um pop‑up rápido faz a diferença quando a onda já está chegando.
Escolha praias com ondas suaves e consistentes, como a Praia da Barra em Salvador ou a Praia de Maresias em São Paulo. As condições de maré baixa e ventos leves são ideais para quem está aprendendo.
Não ignore a preparação física. Flexibilidade, core forte e resistência cardiovascular ajudam a remar mais tempo e a se levantar com mais facilidade. Uma corrida leve, alongamento diário e alguns exercícios de prancha (plank) já dão um bom resultado.
Por fim, procure grupos ou escolas de surf que tenham foco em mulheres. Muitas cidades têm coletivos que oferecem aulas específicas, apoio e um ambiente mais confortável. Além de aprender, você vai fazer amizades e fortalecer a comunidade.
O surf feminino está em expansão, com mais visibilidade nas mídias, mais patrocínios e mais oportunidades de competição. Seja você atleta profissional ou iniciante, a energia das ondas tem espaço para todas. Então, pegue sua prancha, siga as dicas e vá curtir a vibe do mar. Boa onda!
A competição feminina de surf nas Olimpíadas foi novamente adiada devido a condições desfavoráveis de ondas. Originalmente marcada para 1 de agosto de 2024, a decisão foi tomada após avaliação das condições das ondas. Atletas e organizadores esperam por melhorias para retomar o evento.