Quando Max Verstappen, piloto da Red Bull Racing cruzou a linha de chegada em GP do Azerbaijão 2025, o público de Baku vibrou com uma vitória que não deixou dúvidas: o holandês completou as 51 voltas em 1h33min26s408, usando apenas uma parada nos boxes. O segundo colocado foi George Russell, da Mercedes, a 14,6 segundos de distância, enquanto Carlos Sainz, representando a Williams, chegou em terceiro.
O Grande Prêmio do AzerbaijãoBaku aconteceu entre 19 e 21 de setembro no Circuito Urbano de Baku, um traçado de 6,003 km que testa a coragem dos pilotos desde 2016. O circuito tem 51 voltas, totalizando 306,153 km – o mesmo formato que viu a primeira vitória de Verstappen em Baku, em 2022.
O fim de semana começou com o Treino Livre 1, onde Lando Norris, da McLaren, mostrou a velocidade da equipe ao registrar a volta mais rápida (1min42s704). No segundo dia de treinos, Lewis Hamilton
da Mercedes recuperou a liderança com 1min41s293, sinalizando que a equipe alemã ainda tem fogo nos pneus. O Treino Livre 3 devolveu a vaga de destaque a Norris, que bateu 1min41s223, deixando claro que a McLaren tem ritmo para disputar o topo.
Os treinos não foram só velocidade. Hamilton perdeu a placa final da asa dianteira ao encostar a curva 5, o que gerou um ajuste de última hora. Verstappen, por sua vez, teve um susto na curva 15, deslizou e precisou usar a via de escape para reenquadrar o carro – uma manobra que, embora arriscada, não comprometEu o ritmo da Red Bull.
Em outra situação, Alex Albon quebrou o vidro do espelho esquerdo e acabou tocando a barreira na curva 15, enquanto Sainz provocou uma bandeira vermelha ao passar sobre as zebras da curva 16 e soltar material na pista. Esses episódios serviram de lembrete de que Baku ainda é um dos circuitos mais imprevisíveis do calendário.
Na sessão de classificação em 20 de setembro, Max Verstappen conquistou a pole position com 1min41s117, batendo o tempo de referência de Charles Leclerc (1min43s009, recorde de 2019). A Red Bull começou o domingo na frente, com uma estratégia de parada única que acabou fazendo a diferença.
Ao longo da corrida, Verstappen manteve um ritmo constante, permitindo que a Red Bull gerisse o desgaste dos pneus de forma ideal. Enquanto isso, Russell tentou fechar a diferença, mas a diferença de 14,6 segundos foi demais para ser encurtada com apenas uma parada.
Liam Lawson, representando a Racing Bulls, completou o top 5, mostrando que equipes menores ainda podem aproveitar o ritmo alto de Baku. O podio final reafirmou o predomínio da Red Bull nesta temporada, mas também destacou a competitividade crescente da Mercedes e da McLaren nos treinos.
Com a vitória, Verstappen soma 25 pontos, ampliando a liderança no campeonato mundial de 2025. Russell, com 18 pontos, ainda tem chances de fechar a diferença, especialmente se a Mercedes mantiver a velocidade vista nos treinos. A McLaren, por outro lado, ganha moral ao ter Norris no topo dos treinos, podendo traduzir esse ritmo em resultados nos próximos GPs.
Especialistas apontam que a temporada está entrando na fase decisiva: "A capacidade da Red Bull de converter pole em vitória será o fator decisivo", disse Javier García, analista da Motorsport.com. Já a Mercedes parece ter corrigido o problema de aderência na curva 5, o que pode mudar a dinâmica nas próximas corridas de rua.
O próximo Grande Prêmio será em São Paulo, onde a chuva costuma influenciar a estratégia. Equipes já estudam a configuração ideal para o circuito de Interlagos, e a disputa pelo título promete ficar ainda mais acirrada.
Com 25 pontos, Verstappen amplia sua vantagem sobre George Russell, que somou 18 pontos. A diferença agora gira em torno de 45 pontos, o que coloca a Red Bull em posição confortável, mas ainda não deixa o título garantido.
A McLaren, com Lando Norris, liderou duas sessões, enquanto a Mercedes, representada por Lewis Hamilton, foi mais rápida na segunda sessão. A Red Bull, embora não tenha liderado, manteve um ritmo competitivo que se traduziu em vitória.
Hamilton perdeu a placa da asa dianteira na curva 5; Verstappen escorregou na curva 15 e usou a via de escape; Alex Albon quebrou o espelho e tocou a barreira; Sainz provocou bandeira vermelha ao cruzar zebras na curva 16.
Analistas acreditam que a chuva típica de Interlagos pode nivelar o campo, favorecendo equipes que souberem adaptar rapidamente a estratégia de pneus, como Mercedes e McLaren, enquanto a Red Bull terá que depender da velocidade pura de seus carros.
O recorde ainda pertence a Charles Leclerc, que marcou 1min43s009 em 2019. Nenhum piloto quebrou esse tempo em 2025, apesar das velocidades impressionantes nos treinos.
Marko Mello
outubro 6, 2025 AT 05:03A vitória de Max Verstappen no GP do Azerbaijão de 2025 ilustra a supremacia técnica que a Red Bull tem consolidado ao longo das últimas temporadas. Cada volta concluída com precisão milimétrica revela não apenas a capacidade do piloto, mas também a excelência da engenharia de fundo. A estratégia de uma única parada nos boxes, ao contrário de abordagens mais conservadoras, evidencia a confiança absoluta na gestão de desgaste dos pneus. Este método otimiza o tempo de pista, reduzindo a perda de posições que costuma acompanhar paradas múltiplas. O fato de que o holandês manteve um ritmo constante, mesmo após um leve deslize na curva 15, demonstra a resiliência do conjunto. A diferença de 14,6 segundos sobre Russell não é meramente numérica; ela simboliza a margem que a Red Bull está criando frente às concorrentes. Enquanto a Mercedes demonstra sinais de recuperação, ainda não conseguiu traduzir velocidade em resultados consistentes. A McLaren, por sua vez, tem aprofundado seu desempenho nos treinos livres, indicando uma potencial mudança de cenário nas próximas etapas. No entanto, a consistência de Verstappen em transformar pole position em vitória confirma a tese de que a Red Bull possui a combinação perfeita entre piloto e carro. É importante notar que a pista de Baku, com seus trechos de alta velocidade e curvas técnicas, exige uma preparação meticulosa, algo que a equipe holandesa executou com maestria. Ainda que incidentes como o escapamento de Albon e a bandeira vermelha provocada por Sainz tenham impactado o ritmo geral, eles não foram suficientes para desestabilizar o líder. A liderança de Verstappen no campeonato, agora ampliada para 45 pontos de vantagem, coloca a equipe em uma posição de conforto, mas não de complacência. A capacidade da Red Bull de adaptar a estratégia de pneus ao desgaste específico de Baku será crucial para manter esse domínio. Em síntese, a performance demonstrada é um testemunho de preparação, estratégia e execução impecáveis, que se traduzirá, provavelmente, em mais vitórias ao longo da temporada.